Quando se pretende ensinar, dar exemplo, deve-se sempre usar o melhor espécime, observar os princípios e normas do assunto que se ensina. Ao ensinar o Português, por exemplo, de onde vamos buscar exemplares para análise e aprendizado? Dos clássicos, não é verdade? Nossos filhos precisam ler Machado de Assis, José de Alencar, Eça de Queiroz, Olavo Billac, entre inúmeros outros, pois assim travam contato com a riqueza de possibilidades que é a língua portuguesa.
Não faz sentido eu ensinar português usando somente um vocabulário limitado, nem usando Guimarães Rosa, que tem mais neologismos que vocábulos em português na sua obra, ou ainda, usando o “miguxês”, língua abreviada e fonética usada no “cyberespaço”. Nenhuma dessas variantes reflete o que é o português, nem serve tão bem para a comunicação na vida civil, acadêmica, etc.
Creio eu que com a liturgia se dá algo bem semelhante. Percebo o Papa esmerando-se em suas celebrações, cumprindo seu papel de dar exemplo. Nós, em nossa missão de promover a formação litúrgica, que maneira melhor temos de fazê-lo, que não a de incentivar a fidelidade às rubricas? Seguindo o Missal o católico aprende, na prática, a reverência, a solenidade e a riqueza de nossa liturgia.
Aprendendo a preparar a celebração conforme o Missal, se aprende o verdadeiro espírito litúrgico, subjacente às normas. O objetivo do nosso apostolado, portanto, mais que incentivar a adoção cega de normas e preceitos, é de estimular a busca da compreensão da grandiosidade do Santo Sacrifício e da Liturgia Católica. Isso não é legalismo, e sim valorização, perfeccionismo".
Fonte: http://www.salvemaliturgia.com/2010/04/legalista-eu.html
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